Sou Cristã. Nunca me rotulei como sendo desta ou daquela religião. Gosto de ler a Bíblia, estudar e ir a fundo. Não sou indecisa ou insegura, como já me chamaram, eu tenho muita fé! O problema é que quando eu frequento alguma igreja eu não concordo com TUDO pregado lá. Em cada religião em que estive, aproveitei o que eu achava válido e levei para minha vida. Não entrarei em detalhes sobre cada religião, mas não concordo com muita coisa: exageros, gente que parece que está com uma viseira de cavalo e só enxerga pra frente, gente que não avança no tempo.
Cada religião tem seu DOGMA:
"Um dogma é uma crença/doutrina imposta, que não admite contestação, cada um dos pontos fundamentais e indiscutíveis de uma crença religiosa. No campo religioso, alega-se ser uma verdade divina, revelada e acatada pelos fiéis. No catolicismo, os dogmas surgem das Escrituras e da autoridade da Igreja Católica.
O termo DOGMA está ligado à ideologia ou conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso ou político.
São afirmações absolutas que não permitem discussão, um conjunto sistemático de representações (idéias, valores) e de normas ou regras (de conduta), que indicam ou prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar. Também indica o que esses membros devem valorizar e como devem valorizar, o que devem sentir, fazer."
O termo DOGMA está ligado à ideologia ou conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso ou político.
São afirmações absolutas que não permitem discussão, um conjunto sistemático de representações (idéias, valores) e de normas ou regras (de conduta), que indicam ou prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar. Também indica o que esses membros devem valorizar e como devem valorizar, o que devem sentir, fazer."
Ou seja, eles leem a PALAVRA e você tem que fazer de acordo com os dogmas da religião. Vc pode aceitar ou não. Eu não aceito tudo que me é imposto.
Machado de Assis já dizia:
" Deus inventou a fé e o diabo inventou a religião."
Me interesso, respeito e estudo quase todas as religiões. Acredito que Deus se revelou a TODAS as sociedades antigas e cada uma estabeleceu formas de culto de acordo com sua própria cultura, mas EU não tenho religião! Sou cristã e acredito só na Bíblia.
Não creio em tudo que me dizem porque errar é humano. Não existe religião perfeita. Procuro saber das escrituras "originais" antes de todas as traduções e versões. Os evangelhos antes de entrarem pra Bíblia. Sou muito rigorosa a respeito da palavra de Deus. Amo teologia, tenho vontade de estudar mais, em uma escola, mas sou autodidata. Procuro pela internet sites que tem o mesmo objetivo, porque acredito na verdadeira escritura.
Na faculdade de Letras da UFJF, o professor de literatura foi quem mais me abriu os olhos sobre a criação do Livro Sagrado. Ele nos ensinou que a Bíblia foi feita por padres da igreja católica que reuniram textos considerados sagrados em várias partes do mundo, oriente também. Ensinou também, que nos concílios eles escolhiam o que entraria na Bíblia, o que eles consideravam sagrado ou não e que, para serem coerentes, tiravam algumas coisas de alguns e acrescentavam em outros. E que muita coisa ali era alterada por causa de política. Antigamente, também, como todos sabem, reis eram cultuados como figuras divinas e considerados filhos diretos de Deus. Como então, considerar ao pé da letra textos escritos por eles, no Antigo Testamento? Claro que muita coisa pode ser aproveitada, mas não tudo e ao pé da letra, como algumas religiões costumam fazer.
André Chevitarese, dá aula de História Antiga na UFRJ e é especialista em primórdios do cristianismo.
“Poucos se dão conta de que esses textos foram selecionados, escritos, copiados e modificados durante séculos e que, até chegar às versões atuais, muitos outros manuscritos ficaram de fora.”
Na Bíblia fica difícil saber o autor de cada livro. Hoje, os estudiosos sabem que naquela época não se usava a idéia de autor. Arqueólogos e historiadores acreditam que as primeiras narrativas da Bíblia começaram a ser transmitidas oralmente antes do segundo milênio antes de Cristo e só foram passadas para pergaminhos por volta do ano 7 A.C. Passaram-se séculos e além disso os escribas tinham autoridade para editar os textos. De acordo com a revista Super Interessante, a Bíblia passou por várias modificações, a maior delas no Concílio de Niceia, em 325, quando Constantino resolveu, por motivos políticos, colocar ordem na casa de Deus.
“A escolha também era política. Um grupo afirmou seu poder e autoridade sobre os outros”, diz o padre Luigi. Esse grupo era o dos cristãos apostólicos, que ganharam poder ao se aliar com o Império Romano. Os apostólicos eram, por assim dizer, o “partido do governo”. E por isso definiram o que iria entrar, ou ser eliminado, das Escrituras.
Ainda de acordo com a revista, eles escolheram os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João para representar a biografia oficial de Cristo, enquanto as invenções dos docetas, dos ebionistas e de outras seitas foram excluídas, e seus autores declarados hereges. Os textos excluídos do cânone ganharam o nome de “apócrifos” – palavra que vem do grego apocrypha, “o que foi ocultado”. Mas, com o surgimento da arqueologia, no século 19, pedaços desses textos foram encontrados nas areias do Oriente Médio. É o caso de um polêmico texto encontrado em 1886 no Egito. Ele é assinado por uma certa “Maria” que muitos acreditam ser a Madalena, discípula de Jesus, presente em vários trechos do Novo Testamento. O evangelho atribuído a ela é bem feminista: Madalena é descrita como uma figura tão importante quanto Pedro e os outros apóstolos. Nos primórdios do cristianismo, as mulheres eram aceitas no clero – e eram, inclusive, consideradas capazes de fazer profecias. Foi só no século 3 que o sacerdócio virou monopólio masculino, o que explicaria a censura da apóstola e seu testemunho. Aliás, tudo indica que Madalena não foi prostituta – idéia que teria surgido por um erro na interpretação do livro sagrado. No ano 591, o papa Gregório fez um sermão dizendo que Madalena e outra mulher, também citada nas Escrituras e essa sim ex-pecadora, na verdade seriam a mesma pessoa (em 1967, o Vaticano desfez o equívoco, limpando a reputação de Maria).
Na evolução da Bíblia foram aparecendo vários trechos machistas – e suspeitos. É o caso de uma passagem atribuída ao apóstolo Paulo: “A mulher aprenda (...) com toda a sujeição. Não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio sobre o homem (...) porque Adão foi formado primeiro, e depois Eva”. É provável que Paulo jamais tenha escrito essas palavras – porque, na época em que ele viveu, o cristianismo não pregava a submissão da mulher. Acredita-se que essa parte tenha sido adicionada por algum escriba por volta do século 2.
É por estas e outras que prefiro levar em consideração principalmente o Novo Testamento. Porque Jesus resumiu toda a Bíblia e um único mandamento: "Ame ao teu próximo como a ti mesmo e a Deus sobre todas as coisas".
Se conseguirmos fazer isso, todos os problemas da humanidade serão resolvidos, não é??
Assim diz o Senhor: “Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado”.