segunda-feira, 29 de outubro de 2012

"Quando algumas pessoas tem um conceito totalmente diferente daquilo que realmente somos, sentimos-nos estranhos. Estranhos para aquelas pessoas, e para nós mesmos ao tentar imaginar a figura irreal que criam de nós. Não podemos agradar a Gregos e a Troianos, e isso nunca me preocupou, mas incomoda-me o fato de sentir que há pessoas capazes de tudo para não nos ver a sorrir... Tantos valores na boca, e nada na alma e no coração. Tudo que dizemos mostra um pouco de nós, mas não mostra as nossas vivências, nem os alicerces que nos mantêm de pé. Cada pessoa é uma história, e todos nós temos dores, fragilidades, vitórias, derrotas, alegrias, decepções é isso que forma o nosso caráter, fazendo parte daquilo que somos nós. É nisso que tento pensar quando alguém não me quer bem, me tenta magoar ou fazer mal mesmo sem o assumir, mesmo que indiretamente, camuflados em algo que pensam que são, mas não são! Tento justificar isso tudo com falta de amor, passados difíceis, dramas, feridas abertas... cicatrizes que jamais vão passar. Mas confesso que não é fácil, para mim que vivo muito do meu mundo, e das pessoas que eu amo... existem coisas que simplesmente não compreendo! Hoje, mesmo com quase 30 anos custa-me a acreditar verdadeiramente que existam com a alma tão escura, e não falo de assassinos, pedófilos, ladrões, pois esses descobrem-se, assumem-se, ou então vivem com esse peso na consciência, falo sim daqueles que exercem direta ou indiretamente, pressões psicológicas, joguinhos, insultos , julgamentos, mesmo sem conhecimentos de causa, daqueles que se sentiram ameaçados por algum motivo e mostraram as garras para a pessoa errada, aqueles que tal como eu dizem ter uma vida honrada, e que bem lá fundo roem-se todos com as felicidades do próximo, daqueles que esperam ansiosos o dia em que o "suposto" inimigo cai, para se poderem rir à vontade... daqueles que vestem pele de cordeiro mas que no interior está um vulcão pronto a destruir o for preciso... enfim! As pessoas que estão bem consigo mesmas, e com o caminho que estão a percorrer não tem necessidade de atacar ninguém, pelo contrario, espalham amor, e felicidade por onde passam...Não julgam o teu caminho mesmo que seja oposto ao seu... deixam livres aqueles que amam... Eu tive a sorte de passar mais de metade da minha vida com pessoas lindas, cheias de valores, muitos ensinamentos e aprendizagens, e isso fez de mim o que sou hoje, em contrapartida de uns anos para cá a minha vida cruzou-se com pessoas que nem em pesadelos gostaria de conhecer . Preferia morrer na ingenuidade, e ver tais realidades como filmes de telejornal, ou sessões de cinema ao fim da tarde... Mas infelizmente a idade do faz de conta já passou, e temos que saber conviver com isso... com essa realidade, pode ser que um dia eu consiga!" Joana Miranda (Ciganinha)

sábado, 20 de outubro de 2012

Rotina na minha casa!! Meu gatinhos lindos!!

gabriel o pensador - dentro de você

“Da minha vida e das minhas palavras, cuido eu.”

shh,  silêncio, da minha vida e das minhas palavras cuido eu

Tô achando muita graça! Todos os dias, na mesma bat hora e no mesmo bat local  "um" falecido vem escrever nos comentários do meu blog (sempre no mesmo post - Via Láctea) brigando comigo e sempre como anônimo.  Bom, EU SEI QUEM É. Não adianta ficar mudando a maneira de escrever, uma hora tudo em maiúscula outra hora igual gaúcho, outra hora igual semi-analfabeto, pra disfarçar e parecer que são pessoas diferentes. Eu sei quem é. NÃO SUBESTIME A MINHA INTELIGÊNCIA. Isto já virou obsessão. Por favor, pare de visitar o meu blog, que é um lugar saudável de pessoas cordiais. Só recebo coisas boas por aqui e a sua obsessão comigo está beirando a loucura mesmo. Se você não está gostando do que lê, não leia, não entre, este blog não foi feito pra vc, ele é meu, pessoal e das pessoas que gostam dele. Você que só sabia brigar comigo e me deixar triste, pare! Agora não me afeta mais, acabou... e eu  faço moderação nos comentários , meu  filho! aff

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Profundo, show de bola!

“Preciso de um lugar para fugir. Para me esconder. Para sumir. Onde eu possa respirar. Onde eu possa fechar os olhos. Me sinto sufocado. Me sinto como se estivesse pendurado pelo pescoço. Como se meu corpo fosse encolher até ficar tão miúdo como uma formiga. Preciso ter um lugar para descansar. Dormir sem hora para acordar. Acordar sem ter hora para dormir. Caminhar para onde meu horizonte apontar. Tirar essa sensação de que estou sendo enfiado dentro de uma lata de sardinha. Essa sensação de que há um trator passando por cima do meu peito. Me sinto como se meu espírito estivesse se contorcendo. Preciso ter calma. De onde vem a calma? Procuro entre os dedos dos meus pés. Ela não está. Procuro entre meus olhos. Ela não está. Retiro o rejunte dos pisos e atiro cacos de vidro no chão. Derreto velas. Ela não vem. Rezo. Ela não escuta. Canto. Ela ignora. Grito. Ela se faz de surda. Preciso de um lugar para repousar. Sem ninguém me questionando o que pretendo para o futuro. Sem nenhum nó amarrando meu passado. Sem foices tentando atingir a tampa da minha cabeça. Sem monstros que despertam aos sábados. Sem demônios me atormentando os ouvidos. Me sinto como se tivesse sido retirado do ventre de minha mãe e jogado nesse mundo cheio de concreto e ódio. Me sinto como se fosse um bebê buscando o primeiro contato com o oxigênio. Como se entrassem chamas pelo meu nariz. Como se cento de trinta e cinco abelhas estivessem mordendo ao mesmo tempo minhas pálpebras. Insisto em ter calma. De onde vem a calma? Procuro entre o escuro das estrelas. Ela não está. Olho pelas correntes dos elevadores. Não está. Pelo vão da janela das catedrais. Nada. Atiro rojões para o alto como se fosse uma noite de ano novo, mas está tudo como no dia em que me trancaram do lado de fora da minha casa e eu não conseguia mais voltar. Eu esmurrava a porta, apertava a campainha, dava cotoveladas na maçaneta e absolutamente ninguém voltava para me salvar. Ninguém me salvou de mim. Ninguém pode me salvar de mim. Não importa onde vou, estou lá. Não importa para onde me carreguem, vou junto. Essa parte que se assusta com o barulho das moedas caindo no chão. Essa parte que não entende da posse, do controle, da mentira. Mas que mente, que controla e que possui. De onde vem a calma? Respiro lentamente. Aos poucos o ar retorna a meu pulmão. Inspiro, espiro. De onde vem a calma? Ela está aqui dentro de mim, misturada a todo esse sufoco e esse lixo coberto de ouro. Agora só preciso ter calma, para acalmar meu coração. AR. Preciso RespirAR.” — Tico Santa Cruz