quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Para si (An sich)

Por Paul Fleming

Sê todavia intrépido! Não te dês por vencido!
Não cedas à fortuna, sê superior à inveja.
Alegra-te contigo e não lamentes
Se contra ti conspiraram sorte, lugar e tempo.

O que te aflige e te deleita toma por eleito,
Aceita a tua fatalidade e não te arrependas de nada.
Faz o que deve ser feito antes que t'ordenem.
Aquilo pelo que ainda esperas sempre está para nascer*.

O que se lamenta, o que se louva? Cada um é sua
Própria desgraça e fortuna. Contempla todas as coisas:
Tudo isso está em ti, abandona tua ilusão fútil,

E antes de seguires adiante, volta para dentro de ti.
Quem é senhor de si e a si consegue dominar,
A ele o vasto mundo e tudo o mais se sujeita.

Amém