"...Te tenho um querer-bem com cor de riso para cada palavra fria que machuque o meu gostar de você. Ainda trago um tanto infinito de ti. Guardei numa caixinha, a mesma que guarda um pouco das muitas mulheres que já fui, que vou sendo..."
"Desculpa, mas eu que sinto, muito. ...O seu gostar de mim é muito pequeno, percebe? Não tem espaço para eu eu dar meus passos, nem para guardar os meus excessos, omeuquerertantodevocêporvocê. Em pensar que eu te pintei de risos e coloquei meu coração em tudo que te doía. E como doía, lembra? Te fiz rima, e tristemente te lembrava de ficar. Em pensar que você me prometeu mil rosas roubadas e um amor novinho, limpinho pra cada ausência e tristeza minha. E eu disse que cobraria a promessa, mas não. Aceito o fim da taquicardia, poesia e eternidade sentida, quista por mim, só por mim. Agora vou deixar a vida ir, mesmo cambaleando das pernas com o peso que a tua falta vai fazer. Mas por hoje eu não quero mais. E num descuido desses qualquer, propondo um recomeço, eu sorrio de novo, saiba."
Natália Rocha