domingo, 24 de janeiro de 2010

Oração pelo nosso amor

Deus, que criou
os céus e a terra.
E tudo que no universo há.
Em Seu Ser Criador...
Existe o mais puro Amor.
Cuide de nossos sentimentos.
Para que não se perca
em nenhum momento.
E quando as lutas vier...
Dá-nos forças para superar.
E nas barreiras que a vida
encontra pelos caminhos.
Dá-nos esperança e fé...
Para a tudo conseguirmos afastar.
Ensina-nos o verdadeiro significado
Consagra este nosso amor.
Para que sempre
estejamos lado a lado.
Abençoa nosso amor...
Te peço, suplico esta caridade.
É tão difícil encontrar,
alguém para se amar de verdade.
Por isto te peço meu Deus.
Que nos olhe e nos ensine.
A nos respeitar,
sempre mais e mais.
E assim, conquistarmos
a mais pura e verdadeira paz
Amém...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

EU TE AMO... NÃO DIZ TUDO! Arnaldo Jabour

EU TE AMO... NÃO DIZ TUDO!

Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,

Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,

Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,

É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.

Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!

A ARTE DE SER FELIZ




Nasce-se chorando e já se sabe que o fim não é diferente,
Mas durante o trajeto de nossas vidas, as veias pulsam
Em busca de um sentimento substancial, algo que preencha
Esse vazio que se tem e não se conhece a origem,
O nada que habita nossos corações e que força moradia,
A angústia de não saber o motivo pelo qual aqui nos encontramos.

Quando criança, prantos e sorrisos dividem o espaço e o tempo,
Mas o abraço materno nos basta, um pirulito é a própria metafísica,
Um brinquedo é a realização eterna, não há mais problemas,
As lágrimas secam e o sonho se realiza, um viva aos bens materiais!

Na adolescência, outros desejos aparecem e a curiosidade
Da descoberta surge avassaladora, mudanças hormonais
Demandam desbravar caminhos, sobretudo explorar
Os tesouros do próprio corpo, atingir os limites do impossível.

A idade avança e não se percebe a ciranda dos ponteiros,
Ainda não se sabe definir o que valeu a pena,
É-se adulto e as responsabilidades se multiplicam,
Vive-se consigo e a vida dos outros, tudo é um todo.

Compra-se, viaja-se, conhece-se, ama-se!
E o abismo continua confortavelmente assentado
Na poltrona com os pés sobre a mesa de centro do peito,
Apossado do controle remoto de nossas vidas.

O coração já acelerou várias vezes,
Já se despedaçou algumas outras
E já se reconstituiu outras tantas...
E agora, José? Onde está a felicidade?

Em que momento e em que lugar eu fui feliz?
Com quem, como, por que, por quanto tempo?
A felicidade deveria ser e não estar,
É água, pois quando se tem, escorre-lhe pelas mãos...

É fênix e o coração palpita quando menos se espera!
A felicidade seria a plenitude do amor? Defina o amor!
Bipolar! ... se os maiores mestres já poetizaram sobre a sua dualidade...
Não! Algo mais profundo: ainda não responderam à pergunta

Depois que se é feliz o que acontece?...?...?...
Talvez o único caminho seja encher o coração de esperança,
Néctar-ilusório capaz de preencher o âmago da nossa espécie,
Ser que é dado à luz já natimorto e que se despede moribundo-vivo...